Foto: Eldinamo.cl |
Belo dia de sol e uma óptima tarde de praia. Na praia onde me encontro há sempre aquela brisa que faz com que as pessoas não “torrem ao sol.
Boa leitura. Este livro de Isabel Allende “Filha da Fortuna”, leva-nos ao Chile, nos anos de 1839, a Cantão e Hong Kong, que tão bem conheço, e finalmente à Califórnia nos anos da febre do ouro. Como em todas as épocas das “febres de”, uns morriam, outros tinham uma vida tal qual como se tivessem ficado nos países de origem. Os mais espertos fizeram grandes fortunas e os mais incautos ficavam todo a vida como criados dos outros.
Belíssima descrição do Chile, à época, da China, cujas memórias me levam aos anos em que por lá viajei, a mesma cultura, os mesmos hábitos e até o mesmo desumanismo. Ou seja a pouca importância pelo ser humano e o mesmo desânimo pelo nascimento de crianças do sexo feminino. Essa parte é atroz.. Falta de sensibilidade, mas podem chamar-lhe o que quiserem.
Como é hábito já me mantive em contacto telefónico com toda a filharada.
A mesa da esplanada da praia onde me encontro, quase que foi reservada, pois há mais de dois meses é a mesma. Conversa, leitura, escrita, café , torradas e como não podia deixar de ser o meu cigarro, companheiro de tristezas e alegrias . Faz mal? Mata? Provoca doenças? Claro que sim. Não há dúvidas e todos sabemos. Que fique claro que não estou a fazer a apologia do tabagismo. Para mim é uma questão de opção.
E as guerras? A violência doméstica? A pedofilia? A negligência para com s crianças indefesas? A fome? A miséria? A falta de condições mínimas para que as pessoas vivam dignamente?
Às vezes dou por mim a olhar as árvores de fruto nos quintais, carregadas e sem ninguém as apanhar; os campos cheios de ervas, e sem ninguém os cultivar e penso: não vais conseguir mudar a mentalidade das pessoas, o seu egocentrismo, o seu egoísmo nato. Faz o trabalho diário a que te propuseste: Todos os dias um acto de solidariedade.
Mas vamos á praia
Sentada, olho a imensidão do atlântico, dando-me a sensação que a terra acaba aqui. O mar está calmo, apesar da bandeira amarela. Os miúdos deliciam-se com as pequenas ondas. O vento sopra com suavidade. Ouço o mar parecendo-me que está falando comigo. Um barulhinho agradável, e se não fosse a minha falta de olfacto, o cheiro a maresia, ainda seria melhor. Mas paciência, não se pode ter tudo. Os chapéus-de-sol parecem pinturas, com misturas de cores e ao fundo as pessoas parecem pequenos seres a movimentarem-se.
E, claro, sempre a pensar que toda a gente devia ter direito a um dia como este.
Boa leitura. Este livro de Isabel Allende “Filha da Fortuna”, leva-nos ao Chile, nos anos de 1839, a Cantão e Hong Kong, que tão bem conheço, e finalmente à Califórnia nos anos da febre do ouro. Como em todas as épocas das “febres de”, uns morriam, outros tinham uma vida tal qual como se tivessem ficado nos países de origem. Os mais espertos fizeram grandes fortunas e os mais incautos ficavam todo a vida como criados dos outros.
Belíssima descrição do Chile, à época, da China, cujas memórias me levam aos anos em que por lá viajei, a mesma cultura, os mesmos hábitos e até o mesmo desumanismo. Ou seja a pouca importância pelo ser humano e o mesmo desânimo pelo nascimento de crianças do sexo feminino. Essa parte é atroz.. Falta de sensibilidade, mas podem chamar-lhe o que quiserem.
Como é hábito já me mantive em contacto telefónico com toda a filharada.
A mesa da esplanada da praia onde me encontro, quase que foi reservada, pois há mais de dois meses é a mesma. Conversa, leitura, escrita, café , torradas e como não podia deixar de ser o meu cigarro, companheiro de tristezas e alegrias . Faz mal? Mata? Provoca doenças? Claro que sim. Não há dúvidas e todos sabemos. Que fique claro que não estou a fazer a apologia do tabagismo. Para mim é uma questão de opção.
E as guerras? A violência doméstica? A pedofilia? A negligência para com s crianças indefesas? A fome? A miséria? A falta de condições mínimas para que as pessoas vivam dignamente?
Às vezes dou por mim a olhar as árvores de fruto nos quintais, carregadas e sem ninguém as apanhar; os campos cheios de ervas, e sem ninguém os cultivar e penso: não vais conseguir mudar a mentalidade das pessoas, o seu egocentrismo, o seu egoísmo nato. Faz o trabalho diário a que te propuseste: Todos os dias um acto de solidariedade.
Mas vamos á praia
Sentada, olho a imensidão do atlântico, dando-me a sensação que a terra acaba aqui. O mar está calmo, apesar da bandeira amarela. Os miúdos deliciam-se com as pequenas ondas. O vento sopra com suavidade. Ouço o mar parecendo-me que está falando comigo. Um barulhinho agradável, e se não fosse a minha falta de olfacto, o cheiro a maresia, ainda seria melhor. Mas paciência, não se pode ter tudo. Os chapéus-de-sol parecem pinturas, com misturas de cores e ao fundo as pessoas parecem pequenos seres a movimentarem-se.
E, claro, sempre a pensar que toda a gente devia ter direito a um dia como este.
POEMA DE UMA IDOSA DE 83 ANOS
Que povo é este, que povo
Que vende tudo o que tem
Que compra a terra pequena
E não sabe donde vem
Que povo é este, que povo
Que respira sem garganta
Que chora porque tem frio
Mas não tem sol quando canta
Que povo é este , que povo
Que é poeta e se alimenta
De tanta maré vazia
No mar que ele próprio inventa
Que povo é este, que povo
Que tem o sonho esmagado
É o povo donde venho
Mas não esqueço o passado
Sempre seguindo o meu fado
Neste mundo de ilusões
Sempre lembrando o passado
Leio os versos de Camões
Foi meu País o primeiro
Que mundos fez desvendar,
Teve naus, foi marinheiro
Sulcando as ondas do mar
Coração pulsa com graça
Pulsa com muita altivez
Porque descendes da raça
Coração és português
Escrito por Maria Cruz escrito em Agosto de 2014
Que vende tudo o que tem
Que compra a terra pequena
E não sabe donde vem
Que povo é este, que povo
Que respira sem garganta
Que chora porque tem frio
Mas não tem sol quando canta
Que povo é este , que povo
Que é poeta e se alimenta
De tanta maré vazia
No mar que ele próprio inventa
Que povo é este, que povo
Que tem o sonho esmagado
É o povo donde venho
Mas não esqueço o passado
Sempre seguindo o meu fado
Neste mundo de ilusões
Sempre lembrando o passado
Leio os versos de Camões
Foi meu País o primeiro
Que mundos fez desvendar,
Teve naus, foi marinheiro
Sulcando as ondas do mar
Coração pulsa com graça
Pulsa com muita altivez
Porque descendes da raça
Coração és português
Escrito por Maria Cruz escrito em Agosto de 2014
Uma leitura obrigatória
Reviewed by Emotiva Memória
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07:47:00
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