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| Foto: rachelsheherazade.blogspot.com |
O estado islâmico ataca barbaramente, matando com métodos que a todos nos horrorizam. É efectivamente o grande perigo global. De todos os cantos do mundo são recrutados membros, com toda a facilidade. Há duas semanas vimos com espanto e emoção o atentado de Londres. Morreram 4 pessoas inocentes.
Na semana seguinte, em Portugal, um homem degola 4 pessoas, também elas inocentes. Uma delas grávida de 7 meses. No dia seguinte, noutra localidade, outro indivíduo mata com arma branca a esposa, segundo consta após uma discussão sobre a economia familiar. E isto sucede quase todos os dias. Haverá maneira de controlar toda esta “matança”?
Vamos ao primeiro caso: o homem já tinha tentado assassinar a filha, também esta grávida, e a sogra. Foi condenado a 3 anos a poucos meses de pena suspensa, mas obrigado a tratamento psiquiátrico. Toda a família, com medo ou mesmo pavor, emigrou para o estrangeiro.
Na semana passada vi o tal jornalismo de investigação, que vejo com muita atenção “vidas suspensas”. A história de um homem preso há 33 anos. E porquê? A primeira pena, segundo ele, foi por ser receptor de objectos roubados: 20 anos. Todas as restantes penas eram devidas a quando presente ao juiz não se identificar pelo nome, mas pelo número de preso. Como não tinha os documentos de identificação em seu poder, achou que não devia de dizer o nome, mas sim o número pelo qual era conhecido na prisão.
Não estando a fazer a apologia ou defesa de quem pratica crimes de furto, pergunto: A quantos anos deviam de ser condenados estes monstros que tiram deliberadamente a vida a mulheres, filhos, sogras enfim a toda a família, incluindo os vizinhos? São uns cobardes, uns doentes que não se tratam, enfim personas non gratas deste País. Não fazem falta a ninguém.
Neste sentido todos temos a nossa cota parte de culpa. Não denunciamos, até como já disse não nos indignamos. Recordo-me do caso do “palito”, que quando foi detido e ao entrar para o carro da polícia, teve direito a palmas. Mas que País é este? Bate-se palmas a um assassino.
Qual a diferença entre estas criaturas e os lobos solitários do isis? Absolutamente nenhuma, todos abatem a sangue frio, sem o mínimo de piedade pelo ser humano. Qual a diferença entre ver, um membro do daesh degolar um indivíduo, muitos deles jornalistas, a fazerem o seu trabalho, e ver uma mulher ou um jovem de 16 anos a serem mortos com 20 facadas?
Cuidado, volto a dizer: não estou a fazer a apologia dos fundamentalistas.
Escrevi este artigo de opinião com raiva, ódio, desejo de vingança, verdadeiramente como o povo costuma dizer “danada”. Talvez por me sentir impotente perante este caos humano.
Esta “peste” que nos persegue, merece debates durante uma semana no parlamento (quantas mulheres lá estão?), para tratarem de legislação para minimizar esta praga.
Posso estar enganada, mas nunca ouvi um único representante de nenhum grupo parlamentar falar sobre esta tão grave questão. Tenho ouvido sim, muitos insultos, uns aos outros, muitas vezes com total má educação, agredindo-se verbalmente. Que mau exemplo. Só falta qualquer dia um qualquer deles se “passar” e a agressão passar a ser física. Já falta pouco. Tenham um pouco de vergonha, pois é um mau exemplo para os cidadãos deste País. Tentem arranjar “tachos” de outra forma.
Escrito por Maria Cruz
Na semana seguinte, em Portugal, um homem degola 4 pessoas, também elas inocentes. Uma delas grávida de 7 meses. No dia seguinte, noutra localidade, outro indivíduo mata com arma branca a esposa, segundo consta após uma discussão sobre a economia familiar. E isto sucede quase todos os dias. Haverá maneira de controlar toda esta “matança”?
Vamos ao primeiro caso: o homem já tinha tentado assassinar a filha, também esta grávida, e a sogra. Foi condenado a 3 anos a poucos meses de pena suspensa, mas obrigado a tratamento psiquiátrico. Toda a família, com medo ou mesmo pavor, emigrou para o estrangeiro.
Na semana passada vi o tal jornalismo de investigação, que vejo com muita atenção “vidas suspensas”. A história de um homem preso há 33 anos. E porquê? A primeira pena, segundo ele, foi por ser receptor de objectos roubados: 20 anos. Todas as restantes penas eram devidas a quando presente ao juiz não se identificar pelo nome, mas pelo número de preso. Como não tinha os documentos de identificação em seu poder, achou que não devia de dizer o nome, mas sim o número pelo qual era conhecido na prisão.
Não estando a fazer a apologia ou defesa de quem pratica crimes de furto, pergunto: A quantos anos deviam de ser condenados estes monstros que tiram deliberadamente a vida a mulheres, filhos, sogras enfim a toda a família, incluindo os vizinhos? São uns cobardes, uns doentes que não se tratam, enfim personas non gratas deste País. Não fazem falta a ninguém.
Neste sentido todos temos a nossa cota parte de culpa. Não denunciamos, até como já disse não nos indignamos. Recordo-me do caso do “palito”, que quando foi detido e ao entrar para o carro da polícia, teve direito a palmas. Mas que País é este? Bate-se palmas a um assassino.
Qual a diferença entre estas criaturas e os lobos solitários do isis? Absolutamente nenhuma, todos abatem a sangue frio, sem o mínimo de piedade pelo ser humano. Qual a diferença entre ver, um membro do daesh degolar um indivíduo, muitos deles jornalistas, a fazerem o seu trabalho, e ver uma mulher ou um jovem de 16 anos a serem mortos com 20 facadas?
Cuidado, volto a dizer: não estou a fazer a apologia dos fundamentalistas.
Escrevi este artigo de opinião com raiva, ódio, desejo de vingança, verdadeiramente como o povo costuma dizer “danada”. Talvez por me sentir impotente perante este caos humano.
Esta “peste” que nos persegue, merece debates durante uma semana no parlamento (quantas mulheres lá estão?), para tratarem de legislação para minimizar esta praga.
Posso estar enganada, mas nunca ouvi um único representante de nenhum grupo parlamentar falar sobre esta tão grave questão. Tenho ouvido sim, muitos insultos, uns aos outros, muitas vezes com total má educação, agredindo-se verbalmente. Que mau exemplo. Só falta qualquer dia um qualquer deles se “passar” e a agressão passar a ser física. Já falta pouco. Tenham um pouco de vergonha, pois é um mau exemplo para os cidadãos deste País. Tentem arranjar “tachos” de outra forma.
Escrito por Maria Cruz
EM PORTUGAL HÁ LOBOS SOLITÁRIOS
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