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Portugal não precisa de importar alimentos

Foto: Google Imagens
Observando este nosso lindo pais, à beira mar plantado, que os estrangeiros tanto gostam, devido ao clima, à gastronomia e a umas quantas poucas coisas, deparamo- nos com, não exagero se disser milhares de hectares de terreno, sem ser cultivado e dando um péssimo aspecto a quem vê essa paisagem.

Ora bem, eu com a minha mania da organização e economia, essencialmente doméstica, pus-me a pensar: se os proprietários dos terrenos sem cultivo e que não os queiram utilizar, poderiam “emprestar” a quem os quisesse amanhar. Têm noção da quantidade de trigo, milho, couves, alfaces, centeio, beterraba, abóboras, curgetes, nabos, feijão, grão, favas, ervilhas, pimentos, batatas, e quantos mais legumes que dariam para alimentar o povo português e, quem sabe exportar?

Não falando de outros terrenos que dariam para pastagem de gado e claro respectiva criação. Às vezes penso que sou uma lunática. Mas não, a lunática não sou eu, temos é um governo de autistas, mas assumidos. E lá vou eu tocar na mesma tecla: senhores presidentes, ministros, secretários e secretários de estado e tantos outros que decerto já leram nos meus artigos de opinião: utilizem um dia por semana (talvez aquele em que estão a dormir nas assembleias) saiam dos gabinetes (não só para fazerem campanha eleitoral, que ai sim até dançam) e avancem por este pais fora e talvez vejam o que eu vejo. Talvez em vez de estarem aborrecidos e a bocejar, apanhem ar fresco e pensem. É menos um dia a digladiarem-se, a discutir o que não tem interesse nenhum, tiravam as gravatas que decerto os incomodam, e ai sim o povo gostaria de os ver e de os ouvir.

E quem sabe alguns tivessem vocação para amanhar terras e por aí ficassem. Estavam entretidos, produziam alguma coisa e não precisavam de frequentar os ginásios. Este exercício físico seria o suficiente. Peço desculpa por não ter papas na língua, mas a mim ninguém me cala, pois já me silenciaram durante muitos anos. E esta é a terceira proposta para o meu Pais. Começo com propostas mais pequenas pois não gosto de começar a casa pelo telhado. Primeiro vamos aos cabocos.

E falando em exportações não posso deixar de escrever o que há uns tempos vi num canal televisivo. Os poucos minutos que perco por dia e quando me distraio. Ouvi um tal senhor ministro, com um sorriso de orelha a orelha, dissertando sobre a exportação de calçado, cujo crescimento era evidente. O dito senhor tinha razão com o sorriso que mostrava os brancos dentes. Ele tinha iniciado a actividade, comprado a maquinaria, contratado os trabalhadores, adquirido todo o material necessário á confecção do calçado, pagava os impostos, pagava aos designers, efectuava todos os trâmites até chegar á entrega do calçado por esse mundo fora.
 
Enfim era um homem feliz e bem sucedido na vida. Isto fez me lembrar um filme que vi já há muitos anos, sobre a vida do toureiro Manuel dos Santos. Em rapazote, como queria ser toureiro ia com um amigo, ao cair da noite, levando um pano vermelho, fugindo aos empregados dos ganadeiros, tentar tourear algum touro que estivesse fora da manada. Muitas vezes aconteceu. Quanto ao amigo, esse empoleirava-se no cimo de uma árvore mais próxima, tremendo de medo. Mas quando Manuel dos Santos conseguia tourear algum touro, a excitação do amigo era tal que, do alto da árvore gritava: toureamos Manel. Agora mudem a frase: quantos senhores com as bandeiras de Portugal e da CEE por trás, não vá alguém não os reconhecer, dão conferências e gritam: exportemos Manel.

E como já repararam foge-me sempre a caneta para outros assuntos, não de menos importância.

Não vão concerteza esquecer a minha afirmação: PORTUGAL NÃO PRECISA DE IMPORTAR ALIMENTOS…PODEMOS SIM EXPORTÁ-LOS.


Escrito por Maria Cruz
Portugal não precisa de importar alimentos Portugal não precisa de importar alimentos Reviewed by Emotiva Memória on 11:37:00 Rating: 5
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