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Não custa nada e serve de terapia

Foto: Bolsademulher.com
Quem não sabe fazer um cachecol, um gorro ou até um casaco, umas botinhas um babete de bebé? Quem não tem em casa, no armário ou num cesto, restos de lã ou de linhas, que sobraram de obras feitas ou até algumas inacabadas (que é o meu caso)? Ora bem, vamos pôr mãos a obra e com um pouco de tempo e uma percentagem de paciência, e ajudar quem nada ou pouco tem. São tantas as instituições que, além de necessitarem sempre, nesta época, solicitam uma pequena ajuda.

Na vossa aldeia, no vosso bairro, juntem-se e comecem a dar ao dedo. Quantos lares de idosos, quantos orfanatos, quantas crianças, quantas famílias não recebem uma prendinha de natal? Mães adolescentes que necessitam de enxoval para os bebés que irão nascer. Se cada uma de nós confeccionar uma pequena pecinha, já viram quantos rostos, irão sorrir?

Sou aposentada, mas quando estava no activo, desempenhei a função de Técnica de Acção Social Escolar (esta categoria já foi eliminada, não são precisas. Agora são todos Assistentes Administrativos). A Acção Social Escolar já não é necessária, têm razão!

Ficou-me sempre na memória a satisfação de um menino de 11 anos, pertencente a um agregado familiar carenciado e desestruturado, quando lhe ofereci um pequeno ursinho de peluche. Normalmente familiares de alunos ofereciam á acção social da escola, roupas, calçado, brinquedos às vezes até mobiliário, que já não necessitavam. Há cerca de dois meses um rapaz, já com vinte e tal anos, aproximou-se de mim, quando bebia um café, numa pastelaria que costumo frequentar, e veio abraçar-me, perguntando-me se me lembrava dele.

De imediato não o reconheci. Mas observando bem, lembrei-me do meu menino do ursinho de peluche. Emocionado, contou-me que tinha sido o primeiro presente de natal que tinha recebido e, agora já homem, ainda o conservava e disse-me que não o largava por nada deste mundo. E era apenas um simples ursinho de peluche, em 2ª mão, que outra criança já não queria, talvez porque tivesse demais.

Há anos que faço tricote e croché, até porque tenho 8 netos, 5 filhos e quase todos os meses tenho presentes de aniversário a oferecer. Vou-me entretendo a confeccionar: malas, gorros, cachecóis, casaquinhos e botinhas de bebe e até colares e pulseiras que vou vendo nas revistas. Vou dividindo entre a CERCI, a Cáritas e pessoas que conheço e que necessitam.

Podem até juntar os artigos, contactarem um programa da tarde, de qualquer estação televisiva e aí ofertar directamente as vossas obras.

E como grão a grão enche a galinha o papo, já viram quantos sorrisos de alegria poderão ver no rosto de quem nunca recebeu um presente de Natal?

E não somos só nós, as mulheres que podemos ter estes pequenos actos de solidariedade.

Escrito por Maria Cruz
Não custa nada e serve de terapia Não custa nada e serve de terapia Reviewed by Emotiva Memória on 07:32:00 Rating: 5
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